ARRET
A NOVA MORADA
Yah e Veh Ou
Yah
- Veh
- Major,
assim que aproximarmos de Terra – II use o camuflador! Vamos descer em
Big-Brasil sem que esta nave-mãe seja vista. As outras naves, com os pelotões
de segurança, devem ficar em órbita até minha segunda ordem, OK?
- OK, Comandante! Vou repassar a
todos esta decisão!
- Já que não quer que sejamos
vistos, Comandante, poderíamos pousar na fazenda dos Flores – dei minha
opinião e continuei:
- Talvez o Juliano nos dê alguma informação
da situação de Terra II durante nossa ausência.
- Ótima ideia, seu Lê! Major Klausky, vamos para a fazenda dos
Flores – ordenou Kobauski.
- OK! Já estamos pairando às margens do
pequeno rio perto da sede da fazenda, senhor!
- Mantenha a nave camuflada major!
- Sim, Comandante!
- Seu Lê, vamos nós dois à casa dos
Flores. Etevaldo tente captar qualquer sinal de comunicação dos QG de Virtópolis,
OK?
- Sim, pai; já estou fazendo isto!
Na
fazenda do Zé das Flores:
- Kobauski! Seu Lê, que bom que está
recuperado! Há quanto tempo não temos notícias de vocês – disse Beijo que
estava todo maltrapilho e saindo de uma espécie de esconderijo.
- Eu estou me sentindo outra pessoa, Beijo;
parece que nasci de novo. Mas, onde estão Juliano, seu pai e suas irmãs?
- Estão cativos em Virtópolis. Eu
não fui preso porque estava na lavoura de legumes e vi quando levaram todos. Escondi
- me numa gruta e só saí quando vi o senhor e o Kobauski. Estou escondido há
vários dias.
- O que houve com sua família, Hibisco
– perguntou o Kobauski.
- Numa noite dessas passadas, na hora do
jantar, estávamos conversando e planejando nossa volta para Virtuália e Yah e
Veh ouviram nossas conversas através da “caixa da aliança” que sempre fica ligada.
Não sabíamos que ela podia ser ativada, à distância, no “viva – voz” lá pelo QG
de Virtópolis. No dia seguinte o HZZY veio aqui com um pelotão de soldados
reptilianos e os levaram.
- Pelotão de soldados reptilianos – perguntei.
- Isso mesmo, Seu Lê. A segurança de
Virtópolis é feita pelo exército de reptilianos comandado pelo HZZY. Eles
destruíram todos os ciborgues e usam de violência extrema e... – Beijo foi
interrompido por Kobauski:
- Seu Lê, tenho certeza que não foi Kolina
quem tomou frente nisso. Ela deve ser prisioneira de alguma conspiração.
Vamos para a nave mãe e subir à órbita de Terra II. Levaremos o Hibisco
conosco!
Dito
e feito. Em trinta e um segundos estávamos na órbita do planeta e Kobauski fez
uma reunião através de uma teleconferência holográfica 3D e decidiu, após ver
através de mini-câmeras espiãs, enviadas com antecedência, que Terra II estava
sobre o domínio de terror de Yah, Veh, HZZY e Saile. Saile é o sacerdote maior
da religião criada usando Yah e Veh como divindades vivas, poderosas e
ameaçadoras.
- Vamos ter que usar da força para colocar
ordem neste planeta. Primeiro vamos até onde está o Juliano e a família Flores
– vamos numa nave mediana camuflada -, e resgatá-los. Depois vamos colocar trinta e um pelotões de
soldados em mininaves de combate, camufladas, em cada ponto estratégico do
planeta. Irei eu e Seu Lê diretamente no QG de Virtópolis em uma mini nave
comum como quem não sabe de nada, porém, antes de lá chegarmos, toda a capital
de Big-Brasil e o QG estarão cercados e monitorados por naves de combate
camufladas. Pelo que pude observar o casal de cientistas não fez com que as
tecnologias de Arret fossem aplicadas em Terra II. Portanto, vai ser fácil
dominá-los usando o fator surpresa! Agiremos em trinta e um minutos!
Vamos nos preparar!
Trinta
e um minutos depois, já com Juliano e todos os Flores em segurança numa nave
mãe na órbita de Terra – II:
- Vamos pousar no pátio em frente à entrada
do QG, major!
- Já estamos descendo, senhor – respondeu o
major.
Tão
logo a mini nave pairou, a trinta e um centímetros do chão, e descemos, ali
estavam Yah, Veh, e uma tropa de seguranças reptilianos. Yah disse ao Kobauski,
apontando-lhe um aparelho imobilizador:
- O senhor é nosso prisioneiro! Não resista!
Este planeta agora está sob nosso domínio!
Eu
fiquei quieto e observando a reação de Kobauski que levantou os braços com as
mãos espalmadas e em cada dedo anelar de ambas as mãos um anel de guerra, perguntou:
- É isto mesmo, cientistas seniores? Vocês
se julgam deuses perante esses terreanos?
- Pense como quiser meu caro, nós
aqui somos realmente deuses. Não pretendemos retornar para Arret. Decidimos
ficar por aqui e termos nosso próprio planeta e milhares de terreanos e reptilianos
sobre nossos domínios – disse soberbamente o jovem cientista arretiano.
Kobauski
que continuava com os braços levantados bateu com uma mão na outra, como quem
bate palmas, saíram da camuflagem uma legião de mini naves de guerra:
- Senhores, baixem suas armas imobilizadoras
e de destruição! Imediatamente –
gritou o Comandante com muita irritação na voz.
Yah, Veh,
e seus soldados não esboçaram reação nenhuma e abaixaram a cabeça em sinal de
rendição.
O
sinal dado por Kobauski não foi só para as naves que o estavam guarnecendo, mas
sim para todas as que estavam em Virtópolis, tanto as em solo como as no espaço
aéreo. No restante do planeta continuavam de plantidão e camufladas.
No QG
de Virtópolis:
- Yah e
Veh quero que me digam onde está a doutora Kolina. Sabemos que vocês
inutilizaram o chip de identificação e monitoramento dela, aquele que é colocado em cada
arretiano que nasce. Vocês sabem que posso usar métodos nada apreciáveis para
obter essa informação. Portanto eu aconselho...
- Eu
falo Kobauski – disse Veh.
-
Pode falar, estamos ouvindo!
- Ela
é prisioneira do sacerdote- supremo Saile e HZZY na nave mediana, aquela deixada por você aqui neste planeta à serviços de Veh. Eles estão
trazendo todos os sacerdotes e sacerdotes-mestres de todas as aldeias do
planeta para um conferência que se dará depois de amanhã na parte da manhã. Já
chegaram a maioria deles trazida em duas viagem pelo Saile e HZZY; esses
sacerdotes estão acampados na cidade de Analogic, fronteirça de Virtópolis. O
restante deve chegar amanhã à noite e se hospedará em Virtópolis – disse Veh
passando toda a informação.
- Yah
e Veh, vocês traíram a confiança que depositei em vocês e... –
Kobauski foi interrompido.
-
Comandante, com licença, posso lhe falar em particular – falou Etevaldo com o semblante misterioso chamando seu pai para um reservado e Kobauski me chamou
para participar.
- A
nave que está com Saile e HZZY foi localizada no oriente médio e está se
preparando para vir para Virtópolis, mas ... mas ...
-
Fale logo filho! “Mas” o quê?
- O
corpo de Kolina foi achado por um pelotão nosso em restos de ritual religioso.
Ela estava pregada, em dois esteios de madeira de lei cruzados, pelos tornozelos,
pelos pulsos, sem as vísceras, olhos, mãos e pés. Em cima estava uma placa, que
traduzida, queria dizer: Morte aos demônios!
- Até
demônios foram criados por essa religião, meu filho! Não podemos permitir que
esses sacerdotes continuem a espalhar o medo e o terror, Etevaldo.
- O
que faremos, pai?
-
Amanhã à noite vão estar nas únicas cidades de Big-Brasil – Virtópolis e Analogic -, para a
conferência na manhã do dia seguinte. Vamos retirar os poucos terreanos que
estão por aqui e, que não estão envolvidos com essa religião e exterminar estas
duas cidades. Hoje e amanhã vamos retirar reptilianos dos subterrâneos das grutas e levá-los para o grande
salão de pedra naquela caverna ao sul do oriente médio. Depois que acabarmos
com estas duas cidades vamos levá-los àquele planeta que descobrimos e que tem
tudo para os reptilianos viverem bem.
-
Vamos leva o HZZY, comandante – perguntei.
-
Não, seu Lê! Ele vai ficar aqui com os sacerdotes! Terá o mesmo castigo.
-
Filho, comece agora as buscas pelos reptilianos e as retiradas dos terreanos
destas duas cidades. OK?
- OK,
Comandante! Amanhã até meio dia as cidades estarão à sua disposição.
-
Outra coisa, filho, mantenha Yah e Veh trancados à ferros e separadamente.
Serão julgados quando retornaremos a Arret. Todos os terreanos e os soldados
reptilianos deverão passar pelo desmemorizados antes que os sacerdotes cheguem
em Virtópolis. Nossas naves devem voltar ao sistema de camuflagem. Quando eles
chegarem à noite vão encontrar tudo como se não tivesse acontecido nada. Nós
vamos para a estratosfera e aguardar a hora para livrarmos Terra II desse terror.
Tudo aconteceu como planejado. Todos os reptilianos
foram levado das profundezas para a grande caverna. O terreanos que estavam em
Virtópolis e na pequena Analogic foram levados às aldeias de onde foram
subtraídos, após passarem pelo desmemorizador.
Toda
a esquadra de Kobauski estavam na estratosfera e exatamente aos trinta e um
minutos do novo dia o comandante autorizou o uso de um artefato que em segundos
fez com que as duas cidades de Big-Brasil fossem riscadas da paisagem.
Ao
amanhecer daquele dia e sobrevoando o local onde estava a ilha:
- A
ilha Big-Brasil está coberta por uma lâmina de água do oceano, Kobauski falei-lhe.
-
Isto já era previsto seu Lê mas, em alguns anos, terrestres, ela voltará à
tona. Surgirá e voltará a submergir de tempos em tempos até se firmar,
novamente, na superfície. Isto só vai acontecer daqui há uns mil anos terrestres – explicou o Kobauski.
-
Major Klausky vamos entrar com nossa nave e as outras duas, com os reptilianos, no
wormhope que nos levará para a constelação de Fornalha; deixaremos esses seres
no planeta que descobrimos naquela constelação. O restante da esquadra entrará no wormhope que o levará para Arret. Daqui há três hora e
trinta e um minutos terrestres nos encontraremos em nosso planeta!
- OK
Comandante!
Após
entrarmos no wormhope , no refeitório da nave-mãe nave-mãe, falei ao Kobauski:
- É a
primeira vez que faço refeição numa nave viajando nesse sistema arretiano –
falei ao meu amigo de Arret.
- As
viagens intergalácticas, feita neste sistema, são rápidas, seu Lê mas, hoje vai
demorar pouco mais que trinta e um minutos e dará para relaxarmos – disse-me o Comandante.
- Onde fica a Constelação de Fornalha, Kobauski - perguntei-lhe.
- Fica próximo à Órion; está localizada no HUDF que traduzindo do inglês quer dizer: "Campo Ultra Profundo Hubble".
- Onde fica a Constelação de Fornalha, Kobauski - perguntei-lhe.
- Fica próximo à Órion; está localizada no HUDF que traduzindo do inglês quer dizer: "Campo Ultra Profundo Hubble".
- O
que farás com os cinco reptilianos que vieram conosco de Arret? Eles são muito
mais evoluídos do que os que viviam nos subterrâneos!
- São dois casais mais a HZZX, certo? Colocarei
um casal no norte e o outro no sul do novo planeta. HZZX ficará com cento e
oitenta e quatro reptilianos no equador. Os mais fortes sobreviverão. É assim
que se começa a população em um planeta que é desabitado, seu Lê!
-
Poderia me dizer se na Terra foi assim – perguntei-lhe
-
Sim, com certeza!
-
Pretendes voltar algum dia em Terra II, Comandante?
-
Sim seu Lê, daqui a uns três mil anos
terrestres e espero encontrá-la livre de qualquer vestígio daquela doutrina
adotada por Saile e apoiada por HZZY. Mas, outras doutrinas surgirão Veremos
quando retornarmos à Terra-II – respondeu-me o arretiano.
-
“Veremos”... você disse? Estarei junto depois de três mil anos?
- Com
certeza, meu amigo. Não vou te dizer agora mas, estará eternamente conosco.
Ver-nos-emos sempre já que estarás vivendo em Virtuália!
-
Vivendo em Virtuália? Eu não estou entendendo Kobauski! Eu... – nossa conversa
foi interrompida:
-
Chegamos ao sistema planetário da estrela Yphis na constelação de
Fornalha, Comandante!
- OK
Klausky, vamos descer primeiro os que vão ficar no norte, depois no equador e
por último os do sul!
-
Certo senhor!
-
Podemos descer sem preocupação, seu Lê. A atmosfera já foi estudada e é tão
propícia aos nossos organismos quanto à de Arret. Lembre-se que não podemos
levar sequer uma sementinha deste bio sistema, certo?
- Já
sei disso, amigo! Só o fato de estar nessas viagens e conhecendo esse universo
para mim basta! É como se fosse um sonho!
- Não
podemos demorar por aqui. É só desembarcar os que ficam e voltarmos para Arret,
OK Major?
- OK
Kobauski!
Após
deixarmos todos os reptilianos em seu novo planeta um súbito sono apossou-se de
mim, talvez ocasionado pela atmosfera do planeta. Fui para meus aposentos na
nave-mãe e dormi por alguns minutos até
que:
- Seu
Lê, o comandante te espera na sala de comando – disse-me um oficial.
Na
sala de comando:
- Seu
Lê, não fomos para Arret! Voltamos para Terra II. Com a destruição da
superfície, daquelas duas cidades de Big-Brasil, aflorou uma inigualável mina de ouro monoatômico que
estava sob uma jazida de minério de chumbo. Vamos colher amostras e levar para
uma detalhada análise em Arret. Talvez tenhamos que vir bem antes dos três mil
anos até aqui.
-
Você falou:..."até aqui...", então já estamos em Terra II?
-
Sim! Olhe pelo visor, Big-Brasil já está firme na superfície e já tem gente
habitando por aqui.
-
Mas, Comandante, só se passaram doze horas desde que daqui saímos – ponderei.
- Não
se esqueça que fomos e voltamos por um Whormhope – respondeu-me Kobauski.
-
É... tens razão; eu esqueci deste detalhe!
- Somente
eu, o comandante e um cientista desceram na ilha perto da jazida descoberta
pelos aparelhos da nave-mãe:
-
Peguei apenas trezentos e dez gramas para análise, Comandante; isto bastará!
- OK
tenente Fuisky! Então podemos ir. Vamos analisar esta amostra em Arret. Já
estamos há muito tempo longe de nosso planeta e ... – interrompi o Kobauski:
-
Olhe Comandante! Tem terrianos vindo em nossa direção. Veja como trajam roupas
sofisticadas! Parece gente que saiu de filmes antigos de personagens da bíblia
terrestre!
Ao se
aproximar os terreanos falavam:
-
Saile! Saile! Saile!
Kobauski
imobilizou à todos, menos o que parecia ser o chefe daquelas treze pessoas e
pediu:
-
Tenente e Lê, levem esse senhor para a nave. Vou desmemorizar o restante e
desacordá-los!
Na sala
de comando da nave o terreano prostou-se no chão e falou:
-
Saile! Saile, você voltou como prometeu! Saile e o perverso HZZY , quando foram
embora numa carruagem celestial de fogo no dia
em que choveu fogo e enxofre na ilha, prometeu voltar e voltou. Ó
terrível HZZY não nos faça mal!
Kobauski
nada falou apenas mostrou ao terreano o aparelho desmemoriador, acionou e o
flash fez o ancião perder os sentidos.
- Vamos devolvê-lo à ilha e voltar
para Arret, seu Lê!
Não
teci nenhum comentário, apenas balancei a cabeça afirmativamente e o segui em
companhia do tenente.
Em
Arret, à sombra de uma caramboleira cujos frutos eram, quando maduros,
vermelhos cor de sangue, eu e o Etevaldo conversávamos:
-
Pois é seu Lê, HZZY e Saile saíram de Terra II antes das duas explosões e não
foi em uma nave arretiana. Foi em uma nave com propulsão à combustível nuclear.
Essas naves eram usadas pelos reptilianos que expulsamos lá do sertão de
Virtuália. Lembras?
-
Sim, eu me lembro! Será que eles também estavam em Terra II?
- É
bem possível, seu Lê! Eu e meu pai tínhamos a suposição de que os reptilianos
dominam a tecnologia de viajar em wormhope.
Hoje já não temos mais dúvidas. Meu pai e eu vamos fazer um estudo para
localizarmos os dois por esse universo à fora. Afinal, foram eles que executaram a
doutora Kolina naquele ritual macabro.
- Se eu puder ajudar é só me contatar, ok?
- Se eu puder ajudar é só me contatar, ok?
- OK
seu Lê! O senhor está pronto para ir para o sítio do Nhô amanhã cedo?
-
Sim, meu amigo! Estou com muita saudade daquele pessoal de Virtuália.
-
Daqui a pouco papai vai chamar-nos para o jantar de despedidas, aliás, ele já deu um toque no meu comunicador
portátil! Vamos lá?
-
Vamos sim Etevaldo, mas é cedo para jantar, não é?
- Antes vamos ter uma reunião para o julgamento
de Yah e Veh, seu Lê!
-
Esse julgamento eu não posso perder de jeito nenhum. Qual poderá ser a pena a
ser aplicada a ele – perguntei a Etevaldo.
-
Vão, com certeza, ser desmemorizados e nos seus chips de identificação acrecentado , em cada um, o código que os itentificarão como nocivos aos de sua raça.
Viverão a servir em alguma mina de ouro monoatômico de um planeta qualquer
deste universo onde tenhamos minas desse metal.
- Os
gananciosos já tinham tudo no auto escalão de Arret mas, a cobiça é um mal
universal, seu Lê.
-
Sabias palavras, meu amigo!
-
Vamos então, seu Lê?
- OK!
Na
manhã seguinte às seis horas da manhã, entre duas pitangueiras, um flash e um
portal se abre:
- Até
a próxima Kobauski!
- Até
logo, seu Lê! Não de esqueça de que se precisar é só me contatar, OK?
- OK,
meu amigo!
Saí
do portal e ele se fechou.
Respirei
fundo e falei:
-
Como é bom aspirar o ar puro aqui do Vale Virtualiano do Rio do Peixe. Vou
viver aqui para toda a eternidade desta vida irreal. Meus pensamentos foram
interrompidos por dois longos relinchos:
- Bom
dia Bittencourt! Você continua gordo, pangaré! – passei a mão no pelo viscoso
do cavalo do Nhô e comecei a rir de mim mesmo e falei:
- Ah!
Ah! Ah! O que diria meus amigos me vendo dar “bom dia à cavalo”?
- Ei
seu Lê, mai u qui ocê tá fazenu tão cedu aqui nessi meu mundim?
- Bom
dia Nhô, meu velho amigo! Eu agora vou ficar um bom tempo por aqui, ou pelo
menos, até ter uma certeza.
- É
deveras, Misifiu? Si ocê vai demorá pur aqui nóis vai fazê um cantim confortávi
procê, Misifiu!
- Eu
já pensei nisso, Nhô! Vou chamar nossos amigos e fazer um mutirão. Em dois
finais de semana trabalhando aos sábados a gente constrói, OK?
-
Intão tá intão, Misifiu! Mai vamu si aprocheganu i tomá café mai ieu, acabei di
cuá. Tem bolu di mandioca, pão, mantêga, mamão i sucu di manga ispada qui ieu
sei qui ocê gostcha!
-
Vamos lá então “Véi”!
Respirei
profundamente vendo aquele céu azul e a beleza de Serra Madre e pensei:
- Ah!
Estou no meu paraíso!
Continua em 06/07/2013:
CAFOFO “CHIQUE”
Para entender este texto tu tens que ir lá no início dos textos. Com o passar da leitura dos primeiros textos é que irás entender -
ResponderExcluircronologicamente -,este e os outros, até o final, ok?
Se quiseres contatos eis meu e-mail:
lecinof@gmail.com