domingo, 11 de agosto de 2013

VIDA EM VIRTUÁLIA: Resgate das Meninas

ARRET
A NOVA MORADA

O RESGATE
 DAS
MENINAS


        - Etevaldo, meu filho, vai até a nave-mãe, além do portal, e descubra o paradeiro. Enquanto isso vou ficar colocando as nossas conversas em dia com meus amigos – disse o comandante ao terráqueo-arretiano.
        - OK, pai! Serei rápido!
        - Seu Lê e Nhô preparem-se, então, para partirmos em busca das meninas. Tão logo o Etevaldo volte com a informação iremos atrás dos – como vocês os chamam -, Greys, OK?
        - OK, Comandante! Mas, o que querem esses seres com uma senhora coma mais de sessenta anos e uma menininha de quase um ano – perguntei ao chefe dos arretianos e continuei:
        - Por que não levaram uma pessoa com idade mediana?
        - Esses seres entraram, provavelmente, no portal errado, seu Lê; eles deveriam ter passado por um portal que se abre no Tibet, como fazem outros da raça Grey. Tenho, para mim, que eles aproveitaram para levar as meninas como banco genético. Talvez, após fazer as coletas dos sangues e peles delas, eles as soltem em qualquer lugar deste planeta.
        - Issu num pódi acontecê, Kobausqui. Minhas mininas nunca saíru desti vali – disse aflito o Nhô.
        - Calma, meu amigo, nós as acharemos antes disso! Olhem, lá vem o Etevaldo com a resposta – apontou o Comandante em direção ao portal.
        - Pai, eles vieram de algum canto da Constelação de Orion. Creio que de lá é que procurarão o wormhole correto para irem ao destino que queriam antes. Pelo visto é a primeira vez que utilizam esse tipo de viagem – disse o Etevaldo.
        - Peraí, Kobauski! Como você deduziu que esses Greys amarelos querem ir à região da China?
        - Não é lá que predomina a raça que denominam “raça amarela” na face deste planeta? – Respondeu o Comandante com esta pergunta.
        - E tem outra coisa – prosseguiu falando -, não são hostis, pois, se fossem teriam aniquilado vocês dois.
        - Mas porque será que não nos levaram juntos – perguntei –lhe.
        - Pelo simples fato do excesso de peso na aeronave. O tipo ultrapassado das aeronaves deles consome muito combustível com excesso de peso. Eles próprios não pesam mais do que 38 quilos aqui na gravidade da Terra.
        - Vamos pai, temos que acelerar e pegá-los antes que saiam do nosso wormhole de navegação – alertou o Etevaldo.
        - Seu Lê e Nhô, vocês irão conosco – determinou o Comandante.
        - Ieu nem ia dêxá di í nunquinha, meu amigu. Vô lá nu sítiu fechá tudu i sortá u Bittencourt nu pastu. É dois palitu, eh!Eh! Eh!
        - Vamos todos na Vermelhona, Nhô. O Etevaldo e o Kobausqui vão sentados na caçamba, OK?
        - Tudo bem seu Lê – respondeu o Comandante e perguntou:
        - Será que ainda tem carambolas maduras no sítio, Nhô?
        - Tem dimais meu amigu! I tem abil tamém!
        - Abil, Nhô – perguntou salivando o Etevaldo.
        - Sim Etevardu i nunca nasceru uns tão bitelão; você vai gostchá mais ainda.
       
        Meia hora depois de estacionar a GMC sob a sombra de um frondoso flamboyant, todos entraram no portal:
        - Parece um sonho toda vez que passo pelo portal e entro nessa zona neutra, Kobauski! Peraí, essa nave é diferente! Apesar de ser redonda e dourada, tem esses anéis aos seu redor – falei isso e o Kobauski fez um sinal e, desceu da parte inferior da esfera, que estava a três metros do chão, um tubo de dois metros e meio de diâmetro e nele abriu-se uma porta.
        - Entremos! Lá dentro lhes explico senhores – disse o Comandante.
        Dentro da nave, no compartimento de comando:
        - Como pode ver senhores, daqui dá para ver, praticamente,  360º do lado de fora. O que fica sob nossos pés vê-se nesta tela holográfica – falou isso e apertou um botão em sua mesa e surgiu em nossa frente à imagem do solo embaixo da nave.
        - Esses anéis, senhores, é invenção recente e nos permite viajar no tempo do lugar onde estivermos.
        - Chiiiiii, agora é que complicou, pois eu pensava que essas idas a Terra II era uma volta ao passado desta nossa querida Terra – pensei comigo.
        - Seu Lê, para não complicar sua “cabeça” não usaremos essa espécie de máquina do tempo. Pelo menos por momento. O que importa agora e seguir, os Greys amarelos e resgatar as meninas, nós... – Kobauski foi interrompido:
        - Comandante, podemos partir? Já localizamos o wormhole, as duas medalhinhas com os chips e, por conseguinte, a nave discoide!
        - Sim major, partamos imediatamente!
        Acomodados na sala de comando da nave-mãe, eu e o Nhô vimos quando alcançamos – a uma velocidade indecifrável-, o discoide e, nossa nave, emitiu um elevadíssimo campo magnético, de uma força desconhecida pelos terráqueos, e o discoide ficou paralisado próximo à nossa nave.
        - Major, vamos retornar ao portal das pitangueiras levando junto o disco dos Greys; lá libertaremos as meninas.
        - OK Comandante – disse o major.
        Numa fração de tempo estávamos do outro lado do portal próximo ao sítio. Víamos todo o vale do Rio do Peixe, de dentro da nave-mãe:
        - Óia, seu Lê, u Bittencourt tá pastanu longi dus domíniu deie. Eita pangaré disobedienti sô, eh!Eh! Eh!
        Paramos com as espaçonaves no intervalo entre o virtual espaço do vale virtualiano e o mundo além das pitangueiras.
        - Major, abra todas as portas do discoide! Vamos lá seu Lê e Nhô! Não precisa ter medo que todos os Greys estão imobilizados lá dentro do disco.
        - OK, Comandante! A Xerê e a Ritinha também estão na mesma situação – perguntei e Kobauski respondeu-me sorrindo:
        - Esqueceu novamente das medalhinhas, meu amigo?
        Dentro da nave dos Greys:
        - Antônio, meu herói, você veio nos salvar dos chupa-cabras – gritava Xerê com a Ritinha nos braços.
        - Eh! Eh! Eh! Qui bão qui ôces tão boa, minhas minina. Num sô herói não, minha nêga; u herói aqui é u Kobausqui!
        - Obrigado seu Kobauski – agradeceu a bisavó da Ritinha.
        - Eles fizeram alguma coisa com vocês Xerê – perguntei preocupado.
        - Não seu Lê, acho que não deu tempo, ôces chegaram rápido demais!
        - Etevaldo, ajude-os a transpassar o portal e depois vamos dar uma volta no passado deste local da Terra e deixar esses greys perdidos no tempo. Eles vão demorar um bocado para achar o caminho de volta. O senhor quer vir junto, seu Lê?
        - Claro! Ainda pergunta – respondi.
        - Então despeça do Nhô, das meninas e vamos partir. Vamos aproveitar e iremos, depois, direto para Terra – II buscar a família Flores, ok?
        - OK! Ótima ideia Comandante.
        Ao despedir-me dos meus amigos de Virtuália, falei ao Nhô:
        - Nhô, por favor, deixe a Vermelhona guardada no galpão do sítio, pois não sei quando retornarei OK?
        - Craru, Misifiu, vô dá uma acelerada néia, eh! Eh! Eh!
       
        - Major, vamos retroceder sessenta e seis anos terrestre no tempo deste planeta e deixar o discoide livre!
        - OK, Comandante!
        - Kobauski, você nem conversou com o comandante deles! Não te interessa saber o que eles queriam com as meninas?
        - Conversei sim, seu Lê, de uma maneira que você não conhece! Fiquei sabendo que eles saíram de outra dimensão por engano quando se perderam de uma expedição. Pegaram as meninas por pura curiosidade. Quando viram as medalhinhas quiseram retornar, mas não sabiam como. Aí foi que nós... – Kobauski foi interrompido:
        - Comandante, retrocedemos os sessenta e seis anos e estamos numa área deserta!
        - Que data mostra o visor do tempo, Major?
        - Vinte e duas horas de dois de Julho de um mil novecentos e quarenta e sete, Kobauski! Chove muito nessa área, senhor!
        - OK, deixe que o discoide se desprenda da força magnética e se vá! Vamos voltar para o tempo anterior e de lá rumaremos para Terra-II!
        - OK, senhor!
        Eu vi, de nossa nave, que sobrevoávamos uma fazenda numa área com pouquíssima população. Passamos serenamente sobre uma rodovia asfaltada e pude ver e ler, no idioma inglês,  num outdoor:
        “Compre terras nesta área que serão valorizadas num futuro breve. Procurar por John Smith Woody em Roswell...” – pensei comigo:
        - Caramba!  Estamos sobrevoando o estado do Novo México nos Estados Unidos! E a julgar pela data e pelo nome Roswell naquele outdoor...só pode ser o local onde caiu um disco voador no ano de 1947. Eu me lembro do “Caso Roswell”, pode ser, mas é muita coincidência mesmo!
        O Comandante pediu para o Major ganhar altura e retornarmos ao wormhole e foi o que ele fez logo após soltar o discoide. De repente só dava para ver, pelas amplas áreas de visão da nave-mãe, cores, escuridão e repentinos clarões. Kobauski me alertou;
        - Seu Lê, em poucos segundos estaremos em Terra-II.


Continua em 20/08/2013:
O Retorno
dos
 Flores

Um comentário:

  1. Para entender este texto tu tens que ir lá no início dos textos. Com o passar da leitura dos primeiros textos é que irás entender -
    cronologicamente -,este e os outros, até o final, ok?
    Se quiseres contatos eis meu e-mail:
    lecinof@gmail.com

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